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Mostrando postagens de setembro, 2008

Um Século de Vida e Nada...

Muita coisa acontece ao longo de um século. Muita coisa...Livros se escrevem para se analisar e falar deste tempo que passou...historiadores se esforçam em vão por adquirir uma contemporaneidade que nunca lhes pertenceu. Poucas pessoas restam que podem dar testemunho sobre a história do século XX. Pouquíssimas viveram mais que sessenta ou setenta anos. Toda semana somos informados que um nome importante de nosso teatro, cinema e televisão desapareceu. Uns já haviam desaparecido da mídia há tanto tempo, quer por não terem se adaptado aos novos tempos, quer por escolha própria, que já até mesmo as lápides estavam previamente escritas. Todos os anos vemos uma ou outra homenagem (pífias, seja dita a verdade) a Oscarito, Grande Otelo, Mazzaropi entre outros. Quando falamos em vida artística no Brasil parece interessante citar grandes nomes do passado e imediatamente sacamos Cacilda Becker, Jardel filho, Procópio Ferreira, pulamos para Emilinha Borba, Dolores Duran, com a facilidade de quem

Da Imaginação e Do Carro

Querem resolver o problema do trânsito em São Paulo. Alguns apelam para o mais óbvio – e necessário – maiores investimentos do governo em transporte público... Tudo bem, mas se tivéssemos todos estes transportes atualmente, ainda assim compraríamos carros e desejaríamos andar com eles, nos exibir com eles. As autoridades se esquecem que um automóvel não é apenas um meio de transporte, talvez essa seja a sua última função. Um carro é um veículo para a nossa imaginação. Já compararam os homens que neles andam com cavaleiros de armadura, armados até os dentes, cavalgando pelas estradas, fazendo estragos. Já disseram que os penis de alguns são inversamente proporcionais ao tamanho do carro. Bem, isso não impediu que os carros continuassem aumentando de tamanho. Quando ainda andávamos a cavalo – se é que podemos assumir o passado – nos convenceram a abandonar aquele amigo que tínhamos. O cavalo era quase um membro da família. Ele era companheiro, não derrubava o seu dono. E, da