Vamos lá, se é pra falar vamos, falar! To cansado da vida pós-moderna, principalmente no que diz respeito aos relacionamentos amorosos. As transformações ocorreram rápido demais, mudaram os códigos, agora é por e-mail, por msn, por facebook, orkut, etc, que as pessoas se conhecem e se estranham.
Venho notando que uma coisa esquisita anda acontecendo com muita freqüência. Os relacionamentos podem nascer virtuais ou não, mas terminam de forma virtual. Uma série de casos já me foram narrados e eu fui vítima em ao menos três. Vítima?! Sim, é um caso de vitimação.
Vamos lá para o que acontece. Você conhece alguém, flerta, troca sorrisos, nomes e sobrenomes... Beija, aumenta a intimidade, vai sentindo a pele da outra pessoa... se acostumando, com o cheiro, com a voz... com a presença. Aos poucos este primeiro encontro vai se repetindo, cada um com uma intensidade e estória diferentes. Aí, você apresenta pra família, aquela expectativa natural com “será que minha mãe vai gostar?” Que logo é vencida, e a pessoa amada chega a ser apresentada para seu amigos e colegas de trabalho. Você sente falta, investe, deseja presença, é como seu melhor alimento, é como ser chocólatra e ter dinheiro para comprar bons chocolates.
Vocês saem, fazem juras de amor. Já têm restaurante predileto, garçons que os conhecem... E, de repente, você percebe que ao menos sabe direito onde fica a casa dos pais dela. Sabe onde fica o trabalho, mas não conhece os amigos... Mesmo assim, você continua, por que evidentemente, uma hora essas coisas vão acontecer.
Alguns finais de semana juntos...cineminha...filminho...chuva, restaurantes caros... cafés da manhã também caprichados. As mocinhas dos cafés já os cumprimentam pelos nomes e sorriem.. com aquelas caras dizendo “Aqueles dois acabaram de transar”. E vocês, até fazem planos para viajar no feriado... E você começa efetivamente a pagar as prestações da viagem, quase uma lua de mel...
As pessoas falam que seu astral anda bem e que tudo vai bem na sua vida... Você está feliz, a outra pessoa parece estar feliz... Enfim, até começaram a usar uma aliança de compromisso, como se precisasse, precisava... e, cara. Pois ela insinuou que isto seria importante... e lá vai você, nem precisa falar, basta insinuar...
Mas até aí, tudo bem, gaste com quem você ama, é melhor do que pagar imposto de renda. E gaste muito por que gastar permite sorrirem juntos e isso é importante numa relação.
Ela por seu lado, é carinhosa, mas não exageradamente, telefona às vezes fazendo surpresa, é doce e meiga no fone...
Bem... algumas vezes que vocês marcaram de sair ela mudou de idéia na última hora e te deixou na mão, mas tudo bem, era um compromisso de família – bem, não faz mal que você ficou sozinho, desta vez... no dia seguinte, ela não vem, está de ressaca... ok, passou o final de semana sozinho. Respira fundo, é paciente e começa tudo de novo na nova semana. Afinal, ela te dá um grande retorno quando vocês estão juntos. E é sex quando usa suas roupas, fora as que você deu pra ela que lhe caíam muito bem... Só então começa a perceber que é difícil estarem juntos.
A sua faxineira adora ela, sua mãe adora ela, seus amigos dizem que foi feita pra você. Aí, num destes finais de semanas onde parece que a comunicação não funciona, o celular dela já havia dado defeito antes, difícil de conversar... Você insiste e consegue um pouco da rotina de sempre, mas aí..chega um outro dia em que não consegue falar de novo, e de novo, ela te liga e diz “preciso de um tempo...”
Você chocado, pasmo, sem saber do que se trata... e ela só diz coisas sem nexo. Chora no telefone... desliga. E você tenta ligar de volta, fone desligado, tenta, tenta, tenta... “deixe o seu recado após o sinal”
Aí ela manda e-mail, pedindo desculpa, mas precisa de um “tempo”, você manda outro todo compreensivo, e ela nunca mais te responde. Você manda mais e-mails, você insiste no fone. Nada. “Deixe o seu recado após o sinal” tuuuuuuuuu.
Você conversa com os amigos, tenta descobrir uma saída... “tiro a aliança ou não tiro” “Tô esperando o que? O fim oficial?” “E se voltar?” “Eu quero de volta?” “E aqueles momentos em que ela me deixava inseguro, o que farei com eles no futuro se ela voltar?” “E se ela foi ficar com outro?” “E se foi fazer um teste não gostar e voltar?!” “Agora é moda fazer isso?”
De repente lhe arrancam a pessoa para quem você disse as palavras mágicas: “Eu te amo” e de quem você ouviu a mesma coisa, mas antes mesmo que o texto parasse de ecoar no ar, ela sumiu. As pessoas te olham com aquela cara de que você está sem um pedaço. E você louco, pois não sabe o que fazer. Quer saber o que ocorreu, quer explodir, mas não pode, quer implorar, mas isso você já fez ligando um milhão de vezes; quer impedir o fim, mas ela não disse que era o fim... E aí, você compreende...
Faça o que fizer, provavelmente acabou. Mas, este não é o problema, não é?! O problema é que você chorou e fumou sozinho! Você teve insônia, foi para o trabalho destruído. Você falava com ela todos os dias, torpedeava: “Boa dia amor”. Escrevia até umas frases literárias... tentava até fazer pequenas safadezas por telefone... Mas, agora, é apenas um imenso vazio. Não importa quanto você lute. Descobre que não sabe de verdade onde ela mora. Descobre que não tem o telefone dos pais, descobre que só sabe o endereço do trabalho, mas já sabe que ir lá e dar baixaria está fora de cogitação, esta humilhação você não irá passar...
Mas, o que aconteceu? Você sempre disse as palavras certas, procurou fazer tudo certo... por que alguém chora ao telefone, e vai embora e não te dá chances de ao menos saber o que aconteceu de verdade? A pessoa não te dá defesas, te deixa com a responsabilidade da merda sozinho... Se você procura...”você não me deu o tempo que pedi...” Se você não procura...”Ah, nossa tinha até me esquecido de você...” Se você liga e não atendem...”Você é um psicopata, está me perseguindo...” Enfim, a pessoa pode até ser legal... mas, quando ela faz isso... ou não sabe o que está fazendo ou é safada; se quiser “dar tempo” dê tempo, diga quanto dias, quantos meses, combine as regras, pode ligar não pode ligar... “encontrar?” “Talvez...” e assim vai. Agora “dar um tempo” e fingir que foi morar na lua...é demais.
A pessoa que mais participava da sua vida, de repente, sem aviso nenhum, vai embora...e ainda te faz se sentir o pior dos homens...Você não pode chorar por que não sabe se acabou, não pode sair com outras pessoas por que não sabe se acabou... Só pode esperar feito um idiota, um tempão... e depois de sabe-se lá quantos dias ou semanas, conclui que a pessoa não irá ligar jamais... Se você sofre? Quem se importa?! É só desligar o telefone, bloquear o seu numero... ignorar seus e-mails, deletar o MSN, limpar o Orkut..e pronto. Te fodem...e todo mundo quer apenas que você se conforme...e respeite a outra pessoa.. ahan...
Cansei. Isso se chama Covardia! É covardia machucar alguém e sair correndo. É covardia pedir tempo sem dizer o que é. “Tempo” quanto tempo? Nunca sabem te dizer quanto tempo é o bastante. É covardia pedir “Tempo” ao invés de terminar. E se terminar, ao menos termine olhando no rosto... Será que as pessoas agem assim por que tem medo de apanhar?! Juro não acho compreensível que, depois de tantas coisas que a modernidade fez por todos nós ela conseguiu fazer o maior milagre, pegar pessoas inteiras e fazer com que elas simplesmente desapareçam da sua vida!
A pessoa se deleta. E você, fica lá com cara de quem deu “vírus no micro” e perdeu tudo. Mas, puta-que-o-pariu! É a sua vida, são suas emoções, não é a merda de um computador.
To cansado de “dar um tempo” To cansado de covardes emocionais!
Venho notando que uma coisa esquisita anda acontecendo com muita freqüência. Os relacionamentos podem nascer virtuais ou não, mas terminam de forma virtual. Uma série de casos já me foram narrados e eu fui vítima em ao menos três. Vítima?! Sim, é um caso de vitimação.
Vamos lá para o que acontece. Você conhece alguém, flerta, troca sorrisos, nomes e sobrenomes... Beija, aumenta a intimidade, vai sentindo a pele da outra pessoa... se acostumando, com o cheiro, com a voz... com a presença. Aos poucos este primeiro encontro vai se repetindo, cada um com uma intensidade e estória diferentes. Aí, você apresenta pra família, aquela expectativa natural com “será que minha mãe vai gostar?” Que logo é vencida, e a pessoa amada chega a ser apresentada para seu amigos e colegas de trabalho. Você sente falta, investe, deseja presença, é como seu melhor alimento, é como ser chocólatra e ter dinheiro para comprar bons chocolates.
Vocês saem, fazem juras de amor. Já têm restaurante predileto, garçons que os conhecem... E, de repente, você percebe que ao menos sabe direito onde fica a casa dos pais dela. Sabe onde fica o trabalho, mas não conhece os amigos... Mesmo assim, você continua, por que evidentemente, uma hora essas coisas vão acontecer.
Alguns finais de semana juntos...cineminha...filminho...chuva, restaurantes caros... cafés da manhã também caprichados. As mocinhas dos cafés já os cumprimentam pelos nomes e sorriem.. com aquelas caras dizendo “Aqueles dois acabaram de transar”. E vocês, até fazem planos para viajar no feriado... E você começa efetivamente a pagar as prestações da viagem, quase uma lua de mel...
As pessoas falam que seu astral anda bem e que tudo vai bem na sua vida... Você está feliz, a outra pessoa parece estar feliz... Enfim, até começaram a usar uma aliança de compromisso, como se precisasse, precisava... e, cara. Pois ela insinuou que isto seria importante... e lá vai você, nem precisa falar, basta insinuar...
Mas até aí, tudo bem, gaste com quem você ama, é melhor do que pagar imposto de renda. E gaste muito por que gastar permite sorrirem juntos e isso é importante numa relação.
Ela por seu lado, é carinhosa, mas não exageradamente, telefona às vezes fazendo surpresa, é doce e meiga no fone...
Bem... algumas vezes que vocês marcaram de sair ela mudou de idéia na última hora e te deixou na mão, mas tudo bem, era um compromisso de família – bem, não faz mal que você ficou sozinho, desta vez... no dia seguinte, ela não vem, está de ressaca... ok, passou o final de semana sozinho. Respira fundo, é paciente e começa tudo de novo na nova semana. Afinal, ela te dá um grande retorno quando vocês estão juntos. E é sex quando usa suas roupas, fora as que você deu pra ela que lhe caíam muito bem... Só então começa a perceber que é difícil estarem juntos.
A sua faxineira adora ela, sua mãe adora ela, seus amigos dizem que foi feita pra você. Aí, num destes finais de semanas onde parece que a comunicação não funciona, o celular dela já havia dado defeito antes, difícil de conversar... Você insiste e consegue um pouco da rotina de sempre, mas aí..chega um outro dia em que não consegue falar de novo, e de novo, ela te liga e diz “preciso de um tempo...”
Você chocado, pasmo, sem saber do que se trata... e ela só diz coisas sem nexo. Chora no telefone... desliga. E você tenta ligar de volta, fone desligado, tenta, tenta, tenta... “deixe o seu recado após o sinal”
Aí ela manda e-mail, pedindo desculpa, mas precisa de um “tempo”, você manda outro todo compreensivo, e ela nunca mais te responde. Você manda mais e-mails, você insiste no fone. Nada. “Deixe o seu recado após o sinal” tuuuuuuuuu.
Você conversa com os amigos, tenta descobrir uma saída... “tiro a aliança ou não tiro” “Tô esperando o que? O fim oficial?” “E se voltar?” “Eu quero de volta?” “E aqueles momentos em que ela me deixava inseguro, o que farei com eles no futuro se ela voltar?” “E se ela foi ficar com outro?” “E se foi fazer um teste não gostar e voltar?!” “Agora é moda fazer isso?”
De repente lhe arrancam a pessoa para quem você disse as palavras mágicas: “Eu te amo” e de quem você ouviu a mesma coisa, mas antes mesmo que o texto parasse de ecoar no ar, ela sumiu. As pessoas te olham com aquela cara de que você está sem um pedaço. E você louco, pois não sabe o que fazer. Quer saber o que ocorreu, quer explodir, mas não pode, quer implorar, mas isso você já fez ligando um milhão de vezes; quer impedir o fim, mas ela não disse que era o fim... E aí, você compreende...
Faça o que fizer, provavelmente acabou. Mas, este não é o problema, não é?! O problema é que você chorou e fumou sozinho! Você teve insônia, foi para o trabalho destruído. Você falava com ela todos os dias, torpedeava: “Boa dia amor”. Escrevia até umas frases literárias... tentava até fazer pequenas safadezas por telefone... Mas, agora, é apenas um imenso vazio. Não importa quanto você lute. Descobre que não sabe de verdade onde ela mora. Descobre que não tem o telefone dos pais, descobre que só sabe o endereço do trabalho, mas já sabe que ir lá e dar baixaria está fora de cogitação, esta humilhação você não irá passar...
Mas, o que aconteceu? Você sempre disse as palavras certas, procurou fazer tudo certo... por que alguém chora ao telefone, e vai embora e não te dá chances de ao menos saber o que aconteceu de verdade? A pessoa não te dá defesas, te deixa com a responsabilidade da merda sozinho... Se você procura...”você não me deu o tempo que pedi...” Se você não procura...”Ah, nossa tinha até me esquecido de você...” Se você liga e não atendem...”Você é um psicopata, está me perseguindo...” Enfim, a pessoa pode até ser legal... mas, quando ela faz isso... ou não sabe o que está fazendo ou é safada; se quiser “dar tempo” dê tempo, diga quanto dias, quantos meses, combine as regras, pode ligar não pode ligar... “encontrar?” “Talvez...” e assim vai. Agora “dar um tempo” e fingir que foi morar na lua...é demais.
A pessoa que mais participava da sua vida, de repente, sem aviso nenhum, vai embora...e ainda te faz se sentir o pior dos homens...Você não pode chorar por que não sabe se acabou, não pode sair com outras pessoas por que não sabe se acabou... Só pode esperar feito um idiota, um tempão... e depois de sabe-se lá quantos dias ou semanas, conclui que a pessoa não irá ligar jamais... Se você sofre? Quem se importa?! É só desligar o telefone, bloquear o seu numero... ignorar seus e-mails, deletar o MSN, limpar o Orkut..e pronto. Te fodem...e todo mundo quer apenas que você se conforme...e respeite a outra pessoa.. ahan...
Cansei. Isso se chama Covardia! É covardia machucar alguém e sair correndo. É covardia pedir tempo sem dizer o que é. “Tempo” quanto tempo? Nunca sabem te dizer quanto tempo é o bastante. É covardia pedir “Tempo” ao invés de terminar. E se terminar, ao menos termine olhando no rosto... Será que as pessoas agem assim por que tem medo de apanhar?! Juro não acho compreensível que, depois de tantas coisas que a modernidade fez por todos nós ela conseguiu fazer o maior milagre, pegar pessoas inteiras e fazer com que elas simplesmente desapareçam da sua vida!
A pessoa se deleta. E você, fica lá com cara de quem deu “vírus no micro” e perdeu tudo. Mas, puta-que-o-pariu! É a sua vida, são suas emoções, não é a merda de um computador.
To cansado de “dar um tempo” To cansado de covardes emocionais!
Comentários
você jura que isso aconteceu contigo? eu achei que só as mulheres tomavam esse tipo de perdido.
eu acho um horror toda essa situação também. e passei por ela nao faz muito tempo.
enfim, dar um tempo é mesmo covardia.
Fica a angústia e a sensação de não ser amado.