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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Conto de Natal

             Era noite, noite silenciosa e ela estava escura e fria, às vezes um vento gelado batia pelas faces dos transeuntes. Garoava. A chuva fina molhava o asfalto que, brilhante e negro, refletia como um espelho as luzes dos enfeites de Natal. Brilhavam os vermelhos e verdes de semáforos, faróis amarelos dos carros, luzes azuis das lampadinhas, brilhos encantadores e sombrios. As pessoas caminhavam agitadas e com pressa pela estranhamente iluminada e escura avenida de São Paulo, a mais conhecida, a mais querida. Uns escondiam-se sob guarda-chuvas, outros enfrentavam a triste garoa desabridamente, pois ela era leve. Algumas pessoas paravam diante dos enfeites natalinos para tirarem fotografia entre risos alegres e banais. A garoa não importava tanto, ela apenas emprestava mais reflexos, mais luz e um ar triste e melancólico àquela noite.            Em contraste, as ruas paralelas pareciam ficar ainda mais obscurecidas. E, se parecia seguro passear pela grande avenida, caminhava-