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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Eu posso

            “Uma barata!!” Constatou ao ver a criatura. Ela estava empoleirada na sua toalha de banho, sempre dependurada de forma impecável. As pontas colocadas juntas, iguais. O banheiro todo rescendendo ordem, limpeza e organização. Mas ali, diante dele estava um dos seres mais asquerosos da natureza. De asas entreabertas, antenas perscrutando o ar, uma caçadora aérea. Aquele tipo que ataca com voos rasantes quem está próximo.   Antônio ficou tentado a agir como em outros tempos, dar-lhe uma chinelada e esmaga-la no chão. No entanto, se lembrou que agora estava em seu apartamento novo – que era velho –, e que havia comprado um inseticida para não mais fazer o trabalho sujo. Fechou cuidadosamente a porta do banheiro, pois não queria assustar a predadora, e foi em busca do veneno. Veneno, lata preta, com pequenos símbolos de morte desenhados, caveira para avisar os humanos e retratos de insetos mortos para alertar suas vítimas. Armado com a mais nova tecnologia de eliminaç